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Casamento e trabalho: a licença gala

No intrincado panorama das relações de trabalho, a licença casamento se destaca como um elemento crucial, evidenciando a atenção legal à harmonia entre a vida profissional e pessoal. Mais que um protocolo jurídico, é um gesto tangível de respeito à vida pessoal dos colaboradores.

Ao oferecer esse período de afastamento, a legislação reconhece a importância desse momento matrimonial na vida do trabalhador, sublinhando que o compromisso no trabalho não deve obscurecer a celebração de uma união. Nesse sentido, exploraremos a relevância da licença casamento no Brasil, não apenas no âmbito legal, mas também como um elemento na construção de ambientes de trabalho mais humanos e solidários.

A licença de casamento ou licença gala é um direito obrigatoriamente concedido para funcionários no regime CLT e públicos.

O que é a licença gala (casamento)

A licença casamento, também conhecida como licença gala, é um período de afastamento sem prejuízo salarial concedido ao trabalhador que está prestes a se casar. Este direito, semelhante à licença maternidade, é assegurado por lei, sendo uma parte importante do arcabouço legal trabalhista no Brasil.


Você também pode ler nosso artigo sobre como obter a Declaração de Estado Civil.


O que diz a CLT sobre a licença casamento

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu Artigo 473, estabelece claramente o direito à licença casamento. De acordo com o texto, o empregado pode se ausentar por até 3 (três) dias consecutivos em virtude do casamento.

A natureza do casamento (civil ou religioso) afeta a elegibilidade da licença gala?

A licença de casamento, conforme a legislação, é aplicável apenas ao casamento civil. Contudo, algumas empresas podem oferecer flexibilidade para incluir cerimônias religiosas, sujeito a acordos internos e políticas específicas.

Dias de folga CLT e servidor público

A licença gala, ou licença nupcial, é de até 3 dias consecutivos, conforme estabelecido pela CLT. No entanto, setores específicos, como o setor público, podem ter regras diferenciadas. Professores e funcionários públicos, por exemplo, podem gozar de benefícios superiores de licenças, sendo nove dias para luto ou gala, no caso dos professores, e oito dias consecutivos para funcionários públicos, segundo a lei n° 8.112 de 1990.

Quem é elegível para a licença casamento

Qualquer trabalhador sob o regime da CLT e funcionário público tem direito à licença casamento, independentemente de gênero ou orientação sexual. É um benefício inclusivo, sendo concedido a todos os casais legalmente reconhecidos.

Como solicitar a licença gala

A solicitação desta licença de trabalho para o casamento é um processo interno na empresa. O colaborador deve comunicar o RH ou DP com antecedência, apresentando a certidão de casamento como comprovação. É recomendável que essa solicitação seja feita com pelo menos 30 dias de antecedência para permitir a organização interna.


A empresa não pode negar a licença casamento, sendo um dever concedê-la. Em caso de recusa, o empregado pode buscar a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego ou acionar o sindicato laboral. Em casos extremos, a questão pode ser levada à Justiça do Trabalho.


Construção de um ambiente de trabalho mais humano e colaborativo

Em síntese, a licença casamento no Brasil, também conhecida como licença gala, é um direito assegurado por lei a todos os trabalhadores sob o regime da CLT e funcionários públicos. Com base no Artigo 473 da CLT, a licença é de até 3 dias consecutivos, destinada a celebrar o casamento civil. Professores e funcionários públicos desfrutam de benefícios estendidos, de 8 a 9 dias.

É crucial destacar que a empresa não pode negar esse benefício, sendo obrigada a concedê-lo, e em caso de recusa, medidas legais podem ser tomadas pelo trabalhador. A licença casamento não é apenas um dever legal, mas também uma oportunidade para as empresas demonstrarem respeito e cuidado para com seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais positivo e fortalecendo os laços entre empregador e equipe.

Assim, ao cumprir essa obrigação legal, as empresas não apenas evitam problemas jurídicos, mas também contribuem para a construção de um ambiente de trabalho mais humano e colaborativo, refletindo a importância do equilíbrio entre deveres legais e a valorização das relações profissionais.